quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ROUPEIRO

Y

Gosto de abrir o meu armário de duas portas escuras com veios negros retocadas por dois puxadores banais e entrar no meu mundo, no mundo da minha roupa, género, estilo. É bom e suficientemente reconfortante depois de um banho quente e relaxante ter toda aquela textura, cor, e forma á minha espera por trás daquelas duas características portas para serem escolhidas a dedo.
Tiro um par de meias e umas boxers, têm quase sempre de ser da mesma cor, para ficar confortável, depois escolho as calças, as mais adequadas para o dia que me espera lá fora, de seguida vêm as camadas superiores, t-shirts, camisas, camisolas. E, para finalizar escolho os melhores sapatos, nem sempre os mais confortáveis, e o casaco mais bonito, mesmo que rape muito frio nesta minha pele branca.
Por fim perfumo-me, é a melhor parte, mais ninguém cheira como eu, ponho as pomadas para as borbulhas e escovo os dentes brancos e lisos. Como nota de roda pé posso por vezes adicionar um "pine" á gola do meu casaco ou uma gravata ímpar ao colarinho da minha camisa.
E é claro, o chapéu e as luvas, quando os ponho sinto-me outro, sinto-me melhor, mais protegido, mais eu, mais como eu quero e gosto.
Viro as costas á casa, saio para a rua gélida e seca nos tempos que correm, ponho os óculos escuros na cara depois de dobrar a primeira esquina da rua inclinada, e no dia seguinte lá estou eu outra vez, a abrir com suspense as maravilhosas portas escuras do armário vincado a negro...

FRANCISCO H. M.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PONTO 5 :


> Quando o jazz toca e voa até aos meus fundos e finos tímpanos eles desfocam-se, distraem-se, e isolam-se de tamanha satisfação...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GOSTEI, FOI ESPECIAL...


Isto esta aqui porque eu quero e acho este excerto o retrato e o rosto da nossa amizade, estranha, profunda e peculiar. Não precisa de mais explicações forçadas e dispensáveis, está aqui tudo, e eu gosto assim. Agora tenho a certeza que não são palavras vazias...

CASTANHO AMARGO

Ás vezes apetece-me e passa-me pela caixa redonda das ideias forrar uma parede do meu quarto com coloridos papeis de rebuçados, mas uns minutos mais tarde a caixa fecha-se e eu lembro-me de que não sou essa pessoa colorida e permanentemente alegre, tenho os meus momentos menos bons, as minhas horas menos claras e os meus compassos menos certos. Se calhar assentava-me melhor pintar essa tal parede de um profundo tom de castanho amargo...

by FRANCISCO H. M.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PONTO 4 :

Some kind of dreams can't unfortunatly be reatched by me... And it's a shame... They would make me a happy dude...

domingo, 24 de janeiro de 2010

FOI-SE...

E, quando ela vai jamais volta. Foi e já não vem, não retorna, não há analepse, pelos vistos não merece... Mas que eu gostava, gostava... Anda lá, regressa, ri-te mais uma vez, uma simples, derradeira e verdadeira vez...


desculpem lá o quão vago isto foi, mas é assim que quero.

sábado, 23 de janeiro de 2010

PONTO 3 :

> Só gosto do céu quando ele não está azul, só gosto do mar quando ele não está calmo, só gosto das núvens quando elas não estão escuras, só gosto da relva quando ela não está seca, só gosto do champanhe quando ele não está gelado, só gosto da vida quando ela não está perdida, só gosto de ti quando gostas de mim.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PONTO 2 :

> Quando o mundo não gosta de mim torno-me narcisista e egoista, quando as pessoas não gostam de mim torno-me no que sou, em mim, apenas em mim. Gostam de mim ?

> Gosto que gostes de mim, mas quando não gostas não faço esforço para gostar de ti, não vale a leve e suave pena, trás ressentimento indesejável. Não Gosto de ti!

GOSTOS :


Porque gostar é bom! Gostar faz-nos sonhar, procurar, ansiar, respirar e acarinhar. Gostar aquece-me por dentro, aconchega-me o pensamento, quando gosto esqueço os problemas e os incómodos deste farto e imundo mundo, quando gosto quero, e quando amo tenho, nem que seja o sentimento, doce, suave, verdadeiro, intrínseco, interior, acolhedor, pensador...
Todos devemos gostar, todos devemos apreciar para mais cedo ou mais tarde guardar, nas nossas cabeças redondas e corações vermelhos, tudo o que neste planeta nos torna peculiares, únicos, ímpares e singulares. Cê sempre quem és, não te deixes enganar, levar, influenciar, desviar de ti mesmo, de ti próprio, daquilo que amas e respeitas...
Eu amo gostar, adoro amar, valorizo sentir, e aplaudo quem o quer também, devagar, rápida, depressa ou lentamente...
Francisco H. M.
Música : Amy Winehouse YYYYY, Billie Holiday Y, Frank Sinatra Y, Adele Adkins Y, Sara Vaughan, Nina Simone, Natalie Cole, Melody Gardot, Jorge Palma, Aretha Franklin, Otis Redding, The Noisettes, Donne Bromfield Y, Norah Jones, Paulo de Carvalho, John Ledjend Y, The Marvelettes, Janis Joplin, Ray Charles Y, Shirley Bassey, Michael Jackson, Clã, Tok Tok Tok, Feist, Rui Veloso, Macy Cray, Nat King Cole Y, Nouvelle Vague, Miles Davis, e pouco mais...


Cinema : Tim Burton Y, Quantin Tarantino...


Fotografia : David L'achapelle...


Literatura : Miguel Esteves Cardoso, e mais nenhum...


P.S : a minha mãe YYYYY

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PONTO 1 :

> Este nosso mundo meio arredondado está cheio de palavras vazias, cheias de mentira e cobertas de más companhias...

> Este nosso mundo meio arredondado está vazio de palavras inteiras, vazias de lixeiras e cobertas de boas ideias...

: Francisco H. M.

ONDE ESTÁS INSPIRAÇÃO ?

N Sobre o fino, leve, morno e áspero candeeiro de secretária prateado pouso a minha pesada cabeça, o meu pensamento, as minhas dúvidas e questões.
Nele procuro e anseio pela inspiração, pela escassa inspiração, quando esta não se dá a conhecer só sei e consigo escrever sobre e á cerca do que faço, penso, e exploro neste preciso momento.
Mais nada me sai da mente para a ponta da esferográfica de tinta presente, mais nada me entra pelos ouvidos limpos e me navega pelo pensamento...
Agora é só isto que sei, é só isto que escrevo, é só isto que descrevo. Mais coisa nenhuma me vem á ideia, estou branco, vazio e perdido no que não sei e esqueci ou não me lembro.
Não existe inspiração mas neste tenro excerto fica a minha boa intenção... O

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"L-O-V-E" BY NAT KING COLE AND NATALIE COLE


Y

"L is for the way you look at me

O is for the only one i see

V is very, very extraordinary

E is evan more that anyone that you adore can"

Y

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

EU E O HORIZONTE


De cá de dentro olho e passo a minha vista pelo escuro e desvanecido horizonte que lá fora vive. O pobre horizonte que lá fora vive todo o santo ano, todos os dias, todas as horas, todas as manhãs e noites. Deve estar cansado de ali estar estagnado, sempre no mesmo lugar, sempre com a mesma expressão, sempre com a mesma textura, sempre com a mesma intenção.
Separados pelo vidro da janela branca vivemos uma vida comum, uma vida de luz e escuro, noite e dia, de frio e calor. Mas eu consigo escrever, e o pobre coitado do horizonte não é capaz de o fazer, ele apenas separa a Terra do Céu, ele é só uma linha de referência para a minha vida, uma linha que não se desalinha...

CHUVA, GOTA, PINGA

Daqui do alto vejo sete candeeiros de rua, sete altos e esguios candeeiros, cada um com a sua própria luz, alma, vida, esperança. Sobre eles a chuva cai, descendo e entrando em cena, molhando-os, borrifando-os, cobrindo-os e encharcando-os com a sua ímpar pureza.
Gotas formam-se por baixo de cada uma das suas claras luzes, ficam suspensas por segundos, e posto isto, começam a cair, fazendo-os chorar. Cada pinga cai de acordo com o seu próprio percurso e, ao chegarem ao asfalto desfazem-se á superfície de uma pouco profunda poça estagnada e sem vida. Quando esta fica farta deixa derramar a sua água acumulada transformando a nossa cidade num rio durante uma liquida noite chuvosa...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UM CHAPÉU, UMA LUZ E UM VERSO...


Por aqui me estendo, eu e o meu chapéu pensador que cobre o meu esforçado pensamento, com a luz quente para mim direccionada que me ilumina parte do rosto, ficando a outra metade da laranja por agora na penumbra, na sua profunda penumbra.
O vinho transparente não bebido aquece dentro do copo alto e contraído, a sua cor não muda ,a sua textura apenas se aveluda.
A esta hora a atmosfera é âmbar, com sombras esbatidas e cores esquecidas.
O som é complexo cada nota de um verso que toca paira no ar para mais tarde relembrar e abraçar.
Vou beber esta história e viver toda a memória.
Entretanto fico à espera do amanhã, do futuro, do dia seguinte e dos seus sumarentos frutos...

ChOcOlAtE...

Abro a caixa e cheiro o sabor que de lá sobe até mim.
Vejo sinto cheiro ouço e provo a cor do que no seu interior esta me traz.
Cheira a suspense e calor, pego num dos chocolates em forma de bolota e trago-o até mim, até cá a cima, até ao meu gosto, até á minha boca.
A língua sente-o e gasta-o, saboreando-o genuinamente. É único.
Continua a derreter, sem uma gota castanha dos meus lábios verter, é todo meu este ínfimo chocolate.
As papilas gustativas abraçam um tal sabor ímpar, quente, calmante, egoista e áspero.
É engolido, destruído e suprimido.
Este chocolate é tão saboroso, não foi ?

Y CaNdY sHoP Y

domingo, 10 de janeiro de 2010

PARTE DA MINHA INSPIRAÇÃO

No profundo escuro me aconchego, deito, descanso.
No profundo escuro me inspiro para que isto daqui de dentro se liberte, se grite, se vá, e mais tarde volte.
É assim que escrevo, é aqui que escrevo, é aqui que estou, perdido no escuro e encontrado em mim mesmo.
Este negro é boémio, exímio e sempre absorvente.
Por agora aqui hiberno... neste meu e tão diminuto escuro... n

DO MEU ANGULO DE VISÃO:

Quem tudo quer, tudo tem

Cão que ladra, provavelmente morde

Água mole em pedra dura tanto bate até que se cansa

A galinha da minha vizinha nunca é melhor que a minha

Quem te avisa, bom conselheiro é

e outras tantas...

"O MEU"

"O meu" blogue é quente, não é deprimente, são qualidades diferentes...
"O meu" blog é acolhedor, não é frio, são caracteristicas diferentes...
"O meu" blogue é sério, não é necessáriamente triste, são sentimentos diferentes...
"O meu" blogue não é banal, é simples, são pontos de vista diferentes...
"O meu" blogue é meu, não é vosso, somos pessoas diferentes...

Continuem a lêr-me ;D até logo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

UM DIA...

Um dia não são dias. Hoje é o dia!

BERLIM

Aqui neva sem fim
neste dia cor de jasmim

nesta cidade fria
banhada de magia

edifícios pesados e escuros
neve clara e limpa

por aqui tudo é frio
tudo causa arrepio

esquinas ventosas
personagens pavorosas

cidade megalómana
pintada de vaidade

atmosfera rija
sem que o povo aflija

passeios trauteados
por seres enervados

paredes verticais
com relevos esculturais

é Berlim

Berlim acetinado
Berlim acarinhado
Berlim regenerado Y

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DIVA




Y AMY Y




the realy melancoolic one


*

billie holiday Y

POUR TOI:

IOLANDA my fella. Gosto de mim e logo uns passos mais á frente vens tu *

EU A PI E A BAIXA

Caminhamos em passos curtos e lentos
sempre bastante atentos

rimos falamos e gozamos
mas nunca abrandamos

o chão é frio e salgado
os nossos pés doces e gelados

almas quentes e fundas
penteados simples e impotentes

lá o ar é leve
tão leve quanto a lua
que se eleva no seu manto branco

os risos são sinceros
e os gestos vão além de gritos

nossas mãos liquidas e pingadas
pela chuva são molhadas

os sapatos viram mansos
os tornozelos já são trapos

somos nós
naquela calçada antiga
nunca perdida
jamais esquecida
embora por alguns cuspida

UM DIA...


Certo dia numa noite vermelha de melancolia vou pairar no topo de uma núvem e escrever magia. Hoje não é o dia...

<3


1 2 3 4 tell me that you love me more...

UM DEVANEIOZINHO...

Nesta manta leve de veludo branca me enrolo como uma pedra, uma pedra gelada já muito mocada e pontapeada. Com o jazz a soar ao fundo, o ambiente aquece e torna-se mais melancólico, o pé direito diminui com a qualidade da música e com a atmosfera pesada. Ao fundo na prateleira de vidro e metal preto, um candeeiro aceso, um candeeiro encarnado com abajour plissado. Ouvem.se os ponteiros do antigo e histórico relógio de marmore negro que nunca funcionou, os segundos passam pesadamente, tal como eles são. Umas velas no parapeito. O pavio está em combustão e a cera em erupção. Aromatizam a divisão já quente de antemão, canela e chocolate com algumas rugas de limão. O tapete conforta-me, é preto, gasto, pisado, usado, reciclado e algarvio. Os chapéus formam sombras caracteristicas na secretária preta lacada. Consigo quase vislumbrar um café de jazz, com música ao vivo, e eu a beber um licor ao som daquelas cordas e daqueles instrumentos de sopro dourados enores e ricos, um cantor a segurar no microfone, com uma presença inconfudivel a swingar ao bater das teclas do piano cor de pérola com acabamentos em marfim e prata...

LIVROS...

Bem, nunca tive uma grande queda para aquela coisa a que chamam leitura. Nunca me interessou muito ler e gastar os meus olhos em páginas e páginas como actividade de lazer, eu gostava muito mais de jogar consola e de ver televisão. Nunca me interessaram minimamente aquelas resmas de páginas datilografadas com caracteres pretos muito juntinhos e todos muito amigos uns dos outros que formam frases como se não houvesse amanhã. Eu achava aquilo horrivel, uma escravidão, eu tinha pena e causavam-me impressão profunda aquelas pessoas agarradas aos livros que até dizem "ah não consigo parar de ler este livro! É tão atractivo!", e coisas semelhantes, bem eu agia como se os livros fossem uma droga! Aquilo agarrava completamente quem os consumia, era droga da mais castiça, aquilo até dá dores de cabeça consumido em excesso, e causa cataratas e descolamento da retina! É uma droga leve, e legal.
Mas certo dia encontrei um autor do qual realmente gosto e pelo qual realmente me interesso, Miguel Esteves Cardoso, conhecem? Conhecem!
Cá vou eu, bem, ele é um cronista e escritor com os pés bem assentes na terra, diz o que pensa, escreve o que pensa e pensa no que pensa, deve ser uma pessoa muito critica e observadora e eu aprecio bastante a obra dele. É um homem completamente tu cá tu lá! Não deixa margens para duvidas. Os textos dele são fenomenais, simples mas muito além disto que estou aqui a escrever como podem imaginar...

até logo.

LAREIRA

Quando a lenha seca arde na lareira soltam-se fagulhas e fagulhinhas . Serão estas fagulhas e fagulhinhas um fogo de artificio para as cinzas ?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

UM POEMA QUALQUER . . .


Fumas com os dedos dobrados
meio atordoados e enrugados

respiras genuinamente
até provocar uma enchente

bebes o tinto que te aquece a alma
bebes o licor que sempre te acalma
bebes o gin que te deixa longe de mim

uma
duas
três pedras de gelo

dizes que não sabes como elevar o teu ego

não me venhas com essa treta

debaixo dessa cabeça está um corpo que não pensa

debaixo desse tecto há um baixo chão

nesse soalho dormes espantalho

cabeça de vento
coração violento

não arrastes os meus passos
não empurres a tua cabeceira
não trinques os teus lábios de sangue

deixa voar a melancolia
esse estado que te vicia

afasta o copo liquido
com essa tua mão trémula

empresta-me as tuas memórias
deixa-me ler essas histórias

deixas ?

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