segunda-feira, 29 de março de 2010

"Estou á espera que voltes. Estou á espera que uses a outra metade do bilhete que te levou para longe de onde estou."


Hoje entrei num quarto de alguém que conheço e por cima de uma branca cama estendia-se uma pesada manta. Era colorida, e beleza não lhe faltava, consegui ver-te nela. Foste a primeira coisa de que me lembrei quando o meu olhar bateu naquele tecido tão rico e interessante. Nos enterlasses da malha morava a cor dos teus tão únicos olhos, bem como o tom da tua pele clara e lábios escuros e rosados.
Foi pena não lá ter encontrado o teu cheiro, esse que tanto me faz sonhar e ansiar, esse que com tanto apreço mora e se pavoneia pelo teu fino pescoço.
Na manta não se reflectiam os teus longos cabelos ruivos, não havia lá disso.
Isto é só para que saibas que sinto a tua falta, que o meu coração tem saudades da tua mão, que o meu ser tem saudades da tua voz, que o meu subconsciente anda ressacado da tua personalidade. Tenho saudades, pronto, é isso.
Estou á espera que voltes. Estou á espera que uses a outra metade do bilhete que te levou para longe de onde estou. Quero que uses a "volta" desse bilhete, o mais rápido possível meu amor.
Os lençóis da nossa cama já sentem a tua ausência, os tachos já chamam por quem os saiba utilizar convenientemente. E sou um nabo, e eles queixam-se. Bem sabes que a cozinha não é o meu forte.
Isto por cá precisa de ti, és a minha cara metade, mas quero-te sempre inteira.
Vá, volta. Eu espero, enquanto me torno sedentário algures entre a nossa cama e o nosso sofá de domingo á noite.
Um beijo, dois, três, os que quiseres. Desde que para mim e para aqui, retornes.

Bem, como eu te amo minha pequena.

Vou andando, tenho a casa para arrumar e os teus quadros para pendurar. Sim, os teus quadros. Tu que, todos os dias, pintas a minha vida e sonhos.

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domingo, 28 de março de 2010

EU ACHO QUE:

-É bom sonhar, voar, imaginar. Mas ainda melhor é ser-se terra-a-terra, realista e tu-cá-tu-lá.

-A vida sem tabus tem um muito maior sabor, textura e interesse. Não é bom pensar no que se deve ou não, ser ou fazer.

-E, finalmente, desejo as minhas sinceras melhoras aos incuráveis preconceituosos.

"-E sabes, pela segunda vez, porquê? Porque tudo o que eu quero que só tu, meu amor, ouças, digo-te ao ouvido-"

-Vou-te confessar uma coisa, quero falar e escrever sobre nós, qualquer coisa feliz, divertida, positiva. Sem choros, sem lágrimas, sem maus suspiros, sem respirações malévolas, sem sangue, sem ódio. Com muito amor, com o tanto ou maior amor de quando se faz um pão-de-ló de laranja para se levar á tia avó que de cama está. Coitada.
-Podia falar dos nossos momentos a dois e a sós, mas isso só a nós diz respeito e mais ninguém tem de os ouvir ou ler. Gente cusca gostaria, mas pode esperar sentada e beber um chá bem quente, para o tempo passar mais devagar.
Podia escrever e divagar sobre a tua pele, sobre a tua sombra, sobre a tua boca, sobre os teus olhos, sobre os teus pés, enfim, sobre tudo em ti. Tudo em ti que me faz feliz e que me faz amar-te. Não sei o que não me faz sentir tal coisa ou arrepio, porque tudo o que vem de ti é tão bom, tão teu, muitas vezes nosso.
Bem, posso dizer que te amo, sim.
Que te quero, também.
Que já te tenho não. Ninguém se tem. Acho eu.
Como podes ver nada do que escrevi te impressiona, nada do que aqui deixei te emociona, e sabes porquê? Porque eu não quero. E sabes, pela segunda vez, porquê?
Porque tudo o que eu quero que só tu, meu amor, ouças, digo-te ao ouvido, quando encosto a minha alma á tua, quando penso e consegues adivinhar.
-Amo-te, a ti e ao teu amor por mim.
Fico á espera dos teus tantos, quantos, bonitos e bons elogios de amor.
E sabes? Deliro quando me dizes daquela maneira, que só tu tens e exteriorizas,-Amo-te, Amo-te mais do que alguma vez me amarei a mim, mais do que amo a minha vida, e sabes porquê? Porque no dia em que te deixar de amar, o meu mundo vai parar.
É assim que me dizes, e é assim que quero que continues a dizer. E não desejo que algum dia deixes de me amar.
Já sabes o que acho sobre ti, beijos, até já, traz um isqueiro para acender as velas, os meus fósforos acabaram de tantos cigarros que fumei com medo de que não viesses.



Francisco H. M.

sexta-feira, 26 de março de 2010

TAKE A BREAK:

Estou farto de escrever sobre o amor, não quero mais escrever sobre isso, não quero mais, isto é, por agora, nos próximos tempos. Bem sei que é difícil ignorar o tema ou assunto, mas sabem? Não me apetece mesmo, fartei-me de corações e afins, de beijos e derivados, de gestos e familiares, de caricias e fonhónhós.
Quero escrever sobre o não sei o quê mas não sei o que dizer sobre ele, não sei que altura tem, que idade tem, que número de sapatos calça, que cor de olhos tem, que formato de rosto tem. Oh, se não o conheço não posso escrever ou falar sobre ele, é uma chatice. Mas bem, amor é que não, por favor, poupem-me porque eu estou a tentar poupar-me a mim mesmo, não quero mais ouvir romances sobre bodas, divórcios sobre ex maridos, comédias sobre namorados ou desamores sobre encalhados. Vamos fazer uma pausazinha sim? Um curtíssimo intervalo! TAKE A BREAK

quarta-feira, 24 de março de 2010

ENGANAR? NÃO!



EVA, DO MEU GRANDE CORAÇÃO:

Não podemos enganar o amor,
Não podemos enganar a criatividade,
Não podemos enganar a escrita,
Não podemos enganar o dom.

A vida não consegue enganar a morte.

E eu, não te posso nem consigo enganar!

Não se enganem. Errar é humano, Enganar é desumano.

domingo, 21 de março de 2010

O HOMEM FARTO:

Não gostava de si mesmo, não gostava de ninguém embora muita gente gostasse dele.
Não queria ver ninguém, beijar ninguém, falar com ninguém, olhar para ninguém. Não queria a pena de alguém. Valia mais não ser do que não ter, achava ele.
Era triste, todos os dias uma lágrima lhe caia do rosto, todos os dias um suspiro de ódio de a si mesmo lhe saia do coração, todos os dias o seu pensamento caía no chão. Pensamento que não lhe servia, pensamento demasiado grande para ele o abraçar. Pensava de mais, não sabia como agir.
Gostava de deixar de ser quem era, queria abandonar esta lugar a que chamamos terra.
Queria que a morte lhe visitasse o corpo e a alma para sempre. O farto homem queria morrer. Teria de ser ele mesmo a fazer isso acontecer, mas não parava de tremer, não tinha coragem, era cobarde.
Estava sempre farto de tudo o que era seu e dos outros, de tudo o que os outros, poucos, tinham com ele. Não queria mais disso.
Numa tarde de trovões foi ao cemitério, e lá se enterrou a ele mesmo, até sem ar morrer, até sem nada ter para comer, até a sua luz se apagar.
Quem o amava chorava, quem o queria mais chorava, quem nunca o teve não sabia.
E ali acabou, enterrado, debaixo da terra escura e húmida por onde todos os dias alguém anda a deixar flores na sua campa vazia de alma.
E com certeza que se pudesse ver esse doce gesto que quem o admirava fazia, não agradeceria.

. . .

"Se não gostas da resposta, pergunta doutra maneira."

Gosto disto.

terça-feira, 16 de março de 2010

ELES PASSARAM A NÓS:


Estava frio e eles os dois descansavam os seus corpos gelados no canapé em frente á janela da sala, dali se via a rua, dali se via o céu e a terra. O amor estava lá dentro, com eles, bem perto, bem próximo, bem chegado, a pairar por lá.
Sentados e distanciados um do outro trocavam olhares de vergonha, timidez e insegurança. Ambos gostavam um do outro, do que viam, do que cheiravam, do que tocavam, do que provavam, do que sentiam, do que queriam.
Um deles tinha de iniciar aquela história de amor bonito e transparente, onde tudo se dava a conhecer, tudo e mais alguma coisa era bom e puro.
Assim, ele virou-se para ela, convicto mas frágil, pegou-lhe na mão fria que veio de lá de fora e aqueceu-a, amorosamente. Disse-lhe - Gosto de ti, e quero ficar contigo para sempre, até mais não. Ela baixou o rosto coberto de alegria e riu-se baixinho. Respondeu-lhe com uma pergunta, não se faz, mas com ele resultou - Isso que dizes é teu? É verdadeiro? É amor? Com o orgulho e a felicidade a explodir-lhe nos olhos brilhantes de sucesso disse-lhe - Sim amor, quero que sejas minha, quero ser teu, quero criar um nós contigo, só contigo e com mais ninguém. Só o nosso amor. Atrapalhada e lisonjeada ela levantou a cabeça leve de romance e só lhe piscou o olho, nada mais lhe disse. Não eram precisas mais palavras bonitas e apaixonadas, estava tudo no gesto são.
Levantaram-se de mãos dadas daquele canapé onde o amor pairava e vivia naquele momento, e saíram de cena, agarrados e apaixonados desapareceram pelo corredor escuro onde só se via a sombra das suas mãos juntas.
Levaram o amor com eles, nada deixaram na sala junto á janela, apenas uma coisa lá ficou, ficou tudo o que era passado, tudo o que existia antes daquele novo nós que se construiu.

Foram felizes. Foram felizes que nem um cliché numa história antiga de amor.

FIM:

Ele está ali,
Ela está aqui.

Ambos querem ficar onde estão,
Mas amam-se como se não existisse um não.

Ele grita: Odeio-te!
Ela grita: Não gosto de ti!

Ambos querem que o outro se vá embora,
Para longe, para onde não existe aurora.

Não se amam, não, isso não.
Não se querem, não, isso também não.

Mas mesmo odiando-se mutuamente,
Não se vão conseguir esquecer um do outro permanentemente.
Por mais que o coração de cada um tente,
o desprezo continuará presente.

Garanto-vos que e difícil esquecer,
Quer amemos quer odiemos.

Mais do que isso não temos,
Menos do que isso não queremos.

Acabou mas está,
Não há mais mas ainda há,
Terminou mas ficou,
Encalhou, não mais andou.

FIM

segunda-feira, 15 de março de 2010

POUR TOI:

Ás vezes é preciso dar uma chapada na tristeza. E também é preciso saber e lembrar que um dia não são dias. Está bem?

Com amor *

sábado, 13 de março de 2010

VÍCIO ANDANTE:


Pronto, admito, ou quase. Bem, acho que sou viciado em sapatos, se não o for estou bem lá perto.
Posso dizer-vos que tenho mais de 15 que use, não são muitos tento em conta o número de sapatos que famosos ou celebridades têm, mas não sendo eu um deles, talvez até sejam poucos, vamos ser positivos Francisco Hipólito Magalhães.
Passo numa montra e vejo uns sapatos bonitos, que fazem o meu género, mesmo que tenha uns muito parecidos eu entro e vejo o preço. Quando~gosto muito e são caros, geralmente, compro. Quando gosto muito e são muito caros, normalmente, não compro, e fico a remoer a remoer a remoer, a pensar neles a pensar neles a pensar neles, até que vejo outros, desta vez mais baratos ou menos caros, e aí, logo, imediatamente esqueço os que eram muito caros, saem de dentro do meu pensamento, e compro os menos caros.
Mais do que viciado noutra peça de roupa qualquer, sou em sapatos, adoro sapatos não sei porquê sinceramente. Logo depois vêm os casacos, mas nada que se compare, só tenho por volta de 10 que use. Por isso os sapatos ganham.
Quando compro uns sapatos o mundo parece mais bonito, a merda dos passeios é abençoada quando pisada por mim, até agradece, ou não. Quando compro um casaco novo a coisa varia um bocadinho, só tenho mais calor, mas para mim um belo casaco não me confere o mesmo estatuto do que um maravilhoso par de sapatunfos.
As calças, bem, também gosto de calças, o que seria de mim sem elas... Provavelmente um rapaz em cuecas não é verdade? Enfim. As calças só me entusiasmam durante a primeira semana de estreia. Enquanto que os sapatos é até morrerem.
E é isto. Nada de muito interessante nem propriamente cultivante para os meus leitores mas ás vezes sabe bem desentrupecer o cérebro e os dedos e escrever alguma coisinha mais informal, e com isto digo menos formal ou poética diga-se.

Até á próxima compra, passem bem e andem muito, sempre com sapatos bonitos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O SITIO DO AMOR:


Acho que só há um sitio para o amor, longe do resto do mundo.
Só devia haver um lugar para o amor, o coração, o grande e vermelho coração.
Nesse sitio devia haver beijos gestos e palavras boas, sem rodeios, tudo directo e sincero, mesmo que desconfortável. Afinal o amor é puro não é? Se ele assim o é, não pode haver desvio de palavras ou intenções. Tudo devia ser dito e feito com a maior sinceridade que em nós habita e coabita com os outros.
O amor gosta de nós, se nós gostarmos dele. Se isto não for assim somos sempre mal encarados e mal entendidos.
No sitio do amor tudo é único e sentimental. Não há material, nada é palpável. Nem os gestos nem os toques. É tudo de alma, intrínseco e natural.

Não encontro nem o sitio, nem o lugar, nem o jardim, nem o pátio, nem o local, nem a toca do amor, anda escondido dentro de cada peito coberto de ar.

CAFÉ E LICOR:

Numa cozinha bonita, com chão de pedra clara e paredes verde água estam duas pessoas, duas breves e diferentes pessoas.

Ela> Estás aqui ?
Ele> Sim . Sou eu, estou aqui, á tua frente.
Ela> Faz-me um café, curto, com uma leve pinga de leite.
Ele> Está bem. Parece-me certo.
Ela> Faz um café para ti também .
Ele> Para mim também? Eu é que sei o que quero tomar ou beber.
Ela> Eu bem sei que queres o mesmo que eu te pedi. Vejo dua chávenas na tua mão direita.
Ele> Isso não quer dizer nada. Quem te disse que ia beber café também? Ainda para mais curto e pingado como o teu.
Ela> Pensei, parecia, fazia sentido. Um grande sentido.
Ele> Onde tens os licores?
Ela> Na arca velha que está na sala, tiras as revistas de cima e abres a arca.
Ele> Bonita arca esta. Bons licores que aqui envelhecem.
Ela> O meu pai faz questão que seja assim, bom.
Ele> Hummm, está óptimo.
Ela> Já deste pobre café não posso dizer o mesmo.
Ele> Eu sei que não está bom. Por isso é que não ia beber o mesmo que tu. Já sabia isso de antemão.
Ela> Não sejas parvo. Estás a sugerir que o fizeste mal e amargo de propósito, com um fim próprio? Não vejo nada de bom nisso, estás mesmo...
Ele> Sim sim, também te amo.
Ela> Desculpa?
Ele> Sim sim, também sei que me adoras, aliás, bem sei que sim.
Ela> Importas-te de parar de ser mais esperto que eu?
Ele> Não faço de propósito. Sou assim. E tu assim és, dessa tua maneira.
Ela> Isso é uma ofensa indirecta?
Ele> Qual ofença qual idirecta!
Ela> Chega disto que aqui se passa. Até logo, vou dar um passeio, um grande passeio, com a minha falta de esperteza.
Ele> Espera aí! O que se passa dentro de ti? Isso não se faz. Anda cá!
Ela> Deixa-me ir!
Ele> Oh. Vai lá, tu é que sabes.

Irritada ela saiu de casa pela porta, deixando cair a chávena de café á frente dos pés dele. Sujou-os.
Preplexo e incrédulo ele dubrou-se com um pano amarelo na mão e linpou-se, bem como ao chão que por baixo dele estava.

Á noite não se falaram mais, tudo por causa de uma chávena de café e um licor. Posto, visto, lido e ouvido isto, é normal que digam e pensem que a bebida tem influência na vida do Homem. Só tem porque quem bebe o quer. É contornável, mas nós não gostamos disso não é?

No outro dia, para que conste, já estava tudo bem.

SONHO FELIZ:


Um dia, qualquer dia, mais tarde do que onde estou hoje, quero viver numa casa de madeira e pedra.
Quero poder entrar pela porta principal e caminhar no Hall de entrada com chão de mármore aos losangos negros e brancos, chegar á sala e sentar-me no meu canapé amarelo mostarda do qual a lareira não fica longe, sempre acesa, para dar alma ao pé direito. Varandas claras e amplas por onde a luz se passeie, varandas com "french doors" pintadas de verde garrafa, por onde eu possa gritar a vida.
Um jardim a todo o comprimento com relva verde da mais bonita e da mais inglesa que houver, com o meu carocha vermelho nela a descansar depois de uns bons passeios á beira rio ou mar.
A cama é alta e negra, cama de rei, com lençóis castanhos caramelizados e manta verde garrafa. Também tem de haver um lustre, um humilde e belo lustre.
A cozinha não importa, desde que nela viva um SMEG azul bebé ou amarelo, são únicos e castiços. Adoro clássicos de toda a espécie.
Quero tomar banho numa casa de banho com paredes cor de rosa, á antiga, com loiças branquinhas e torneiras individuais cada uma com a sua inscrição, o F para a água fria e o Q para a água quente. Toalheiros simples com pontas em esfera onde pairam toalhas azuis turquesas bem macias.
A casa tem de ter dois andares, nem mais nem menos. A escada deve ser em caracol toda creme, com um corrimão largo e escultural, onde mãos lendárias possam passar, no fim, os corrimãos têm de ter pináculos da mesma cor do resto. Adorável.
Por fim e finalmente quero poder escrever num escritório castanho chocolate, com mobília em branco, o chão podia ser de carpete anti alérgica numa tonalidade verde claro pouco luminoso. Tem de haver pelo menos uma vela aromatizante.
No topo das escadas, no Hall onde estas terminam, quero ter um piano branco, igual ao da Marilyn Monroe, tão único e memorável.
Em todas as paredes da sala vão morar para além de mim, imagens de grandes artistas deste nosso mundo, dos quais Elvis Presley, Tina Turner, entre outros tantos e bons. Maravilhoso isto tudo o que sonho.
No jardim quero uma rede, não preciso de piscina, basta.me um grande tanque com água mineral natural, da qual possa juntar água para beber ás refeições.
Vou ter cães, todos da mesma raça. Tem de ser.
Quero que os meus amigos e família me visitem muitas vezes, e que com eles tragam muito amor claro.

E é isto, fico-me por aqui. Até ao próximo sonho feliz.

quarta-feira, 10 de março de 2010

SEM, NÃO FAZ SENTIDO:

Porque o amor se contrói, porque o amor é um sentimento que tem de ser mútuo, porque o amor é ímpar, porque o amor pertence a duas caras e dois corações, porque o amor é duro de viver quando não está bem, porque o amor começa, porque o amor acaba, porque o amor não vive sem corações moles, porque o amor é um sentimento, porque o amor não são mais do que dois gestos, porque o amor é mais do que uma palavra simpática, porque o amor é verdadeiro, porque o amor é o amor...

...Eu digo, a vida sem amor não faz sentido.

terça-feira, 9 de março de 2010

A LOGISTICA DO CORAÇÃO:


O coração também se perde e também perde as estribeiras. Também troca caminhos e cruza estradas. Ás vezes até em si mesmo se perde e não sabe o que fazer quando ouve os seus próprios batimentos.
Também se baralha, confunde, comove e atrapalha. Sem saber quem amar e de quem deve ou pode gostar, alguns dias tem de escolher outros, tem de abater alvos, uns mais difíceis uns menos, alguns mais fáceis alguns menos. Nunca há alvos neutros, todos dão que pensar mínima ou maximamente.
Mas quando o coração tem de esquecer é que realmente existe uma complicação interior, porque não consegue. Esquecer é tão duro e doloroso, tão frio e injusto.
Mesmo quando odeia alguém, uma alma penada qualquer, lhe custa. Custa-lhe a cada batimento, a cada sopro, a cada suspiro.
Quando está apaixonado é bem vermelho porque está corado. Quando sente ódio e repudio é da mesma tonalidade, porque não se sabe exprimir.
O coração é tão ingénuo e farto de amores como cada qual que o tem.
Cada um é como é, e o nosso coração é como é, inevitavelmente absurdo e embaraçosamente emotivo. O meu cá gosta de beijos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

PARA A MAFALDA CASTAÑO:


Sei que se chorar tu vens, mesmo que não estejamos juntos há muitos pôres-do-sol.
E tu sabes também que faria o mesmo por ti.
Este nosso "nós" começou há muito tempo, há muitos dias, há mais de uma década, e por isso mas não só eu amo-te profundamente falando.
E não tenho duvidas de que o mesmo sentimento mora no teu peito.
Pelos nossos felizes e eternos tempos eu escrevo este excerto pequeno mas em grande amor.
Com a minha mão que sempre será tua. Amo-te muito velha amiga, velho amor, mas sempre novo beijo.
Até logo, sempre, já, ainda, hoje, daqui a pouco, vou continuar a gostar de ti, mesmo que me magoes bem no meu fundo. Mas isso não vai acontecer.

<3 com muito amor. Francisco Hipólito Magalhães.

UMA FAMILIA, UMA CASA:

Dentro das mais do que banais e habituais quatro paredes de uma casa branca com janelas intimas de vidro escurecido e portas clássicas vive uma familia, uma familia de quatro pessoas independentes mas quase dependentes.
Uns estão já em casa enquanto outros ainda não entraram pela porta principal, alguns estão a chegar á esquina da rua enquanto outros estão já na sala a coçar o pensamento na cara mobilia de luxo.
Enquantos algum deles cozinha outro toma banho e outro pinta as unhas. Há mais um, que não se sabe onde está. Não se sabe se já aterrou no seu cantinho ou se ainda anda a voar pela bela rua.
Enquanto uns jantam outros amam-se e querem-se.
Enquanto uns choram outros riem e esticam os maxilares enferrujados.
Finalmente, enquanto todos estes fazem estas tantas tarefas tão pouco ou muito interessantes, alguém continua a não estar, a não fazer, a não ser, a não ter.
>Onde está o joão?
>Não sei, ele não saiu depois de almoço na sua bicicleta azul bébé e com os seus pontiagudos sapatos calçados desapertados?
>Não tenho noção disso. Não me passa pela memória, acho que nunca passou, nem sequer entrou.
>Onde é que ele estará? Não atende o telemóvel.
>Era o que mais faltava. Ainda por cima esqueceu-se dos pasteis de massa tenra que tinha para levar á tia Barbara que está de cama coitada.
>Pois ele não tem emenda. Amo-o mas odeio-o por isso também. Nunca aprende.
>Pois, tudo o que lhe interessa é ele mesmo, sempre foi esse o mal do joão, desde bem pequeno. Narcisista.
>Pobre avó que só queria estar na sua cadeira de baloiço sentada com o seu gato ao colo por cima da manta branca que sempre cobre a velha senhora, a ver as suas séries na televisão de domingo á tarde e a trincar uns pastéis com o maior do carinho que tem e sempre teve para dar a todos os que lhe rodeiam e tocam.
>E o joão nem isso foi capaz de fazer, não lhe levou os macios pastéis, parvo.
>Nem se deixou abençoar pelo carinho contagioso da velha senhora.
>Estou triste, ele nem parece meu filho. Não tem nada de meu. Ele não é bom.
>Há muito tempo que ando para te contar isto, mas tem-me faltado o ar e a coragem que nunca chega. Ele não é teu filho.
>Não?
>Não amor, não é.
>Eu não me lembro. Mas ainda bem.
>Como?
>Ainda bem. Já disse, ainda bem! Não quero que uma pessoa assim me pertença, não quero que seja meu.
>Não gosto disso. Odeio-te. És cruel e vazia, vai.te embora já e leva-me os tristes pastéis daqui! Não quero nem mais uma lembrança de ti aqui. Nem mais um beijo, nem mais um gesto! O unico gesto que quero que faças é o de abrir a porta da rua e saires daqui para sempre, até nunca.
>Está. Beijos. Odeio o teu filho, não mais meu, mas amo.te a ti para sempre.
>Não não amas porque eu mais não deixo que isso venha até mim. Não preciso disso nem de ti. Não existes. Nem nunca devias ter passado por aqui nem cá chegado. Vai-te já, sai daqui, corre para longe antes que eu te apanhe e mate. Já!!!
Choraram.

E acabou assim. O amor saiu pela porta da frente da bonita casa branca, e ali morreu sem mais ar.

sábado, 6 de março de 2010

...

Estou fora de mim. Perdi um texto acabado de escrever que amava e amo e ia mostrar ao mundo, aqui.

Desculpem...

quinta-feira, 4 de março de 2010

O NEVOEIRO NÃO CAI:





Já sei que estás aí,
Já sei que és quem és,
Já sei que amas quem sou.

O ar puro da manhã
não dura muito tempo.

A neblina da noite
entra por baixo da porta

Por onde a poeira passa,
Por onde a alma é escassa,
Por onde pouco de mim esvoaça.

O som do vento
nunca é lento.

O sabor das horas
cheira a romã.

Romã que trinco,
Romã que olho,
Romã que Roubo.

De noite raios,
De madrugada trovões.

De manhã pingos,
Devagar tempestades.

Já sei que por onde a romã passa,
O nevoeiro não me abraça,
O nevoeiro não cai.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O DIFÍCIL ESQUECER:

Estamos aqui e gostamos.
O tempo corre e passa deixando-nos para trás, e por vezes levando-nos para a frente.
Queremos mas não conseguimos e sofremos. Levamos com uma pesada tampa na cabeça por vezes, outras não.
Não querendo mais do mesmo olhamos para o futuro ou pelo menos tentamos fazê-lo. Mas parece que não dá para sair daqui, temos a ilusão de prisão e de que nos pesa o coração.
Não sei como esquecer, mas sei que já esqueci antes. Deve ser algo que vem sozinho, sem esforço, talvez tenha de vir com o tempo, para que este a leve, para muito longe.

Adeus. Esqueci-te.

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