domingo, 28 de fevereiro de 2010

FOI ASSIM QUE ELE LHE ESCREVEU:

Querida Vitória:

Dizem que o amor é lindo...
Mas eu acho-te mais que isso.

És única, és tu, somos nós.

Construimos sonhos todas as noites, com duas bocas, quatro mãos, mil afectos, e apenas uma palavra: Amo-te.

com todo o meu amor para ti,
Vicente.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

AMAMOS, GOSTAMOS, ESTAMOS EM LUGARES, SÍTIOS E PARTES:

Quero ir a sítios onde nunca fui, quero ir a lugares onde já fui, quero estar onde já estive e ficar onde não fui.
Sítios onde estamos várias vezes, muitas ou mesmo e ainda poucas. Pisamos cantos nos quais já estivemos, sozinhos ou acompanhados, a namorar ou a falar. Senta-mo-nos nas mesmas cadeiras, nos mesmos lugares ao sol, de baixo do mesmo tecto.
Amo ir, não gosto tanto de vir. Quero conhecer sem me esquecer do que vi, vejo, verei.
Deviamos ir todos, todos juntos, conversaríamos, rir-nos-iamos, de certeza que gostaríamos.
Ás vezes apetece-me partir para os meus horizontes abrir, novos ares respirar, novas caras ver, novos aromas acolher. Gostava que viesses comigo. Vens?

*

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ACHO QUE SE CHAMA AMIZADE:

Vai e volta,
É falsa ás vezes.

Deve ficar se é verdadeira,
Pura,
Séria,
Nossa.

Segredos,
Confissões,
Lágrimas,
Risos e sorrisos.

Partilham-se corações,
Emprestam-se emoções.

Passeia-se,
Lancha-se,
Janta-se,
Parte-se,
Volta-se.

Todos gostamos,
Todos queremos,
Todos atraímos,
Todos precisamos disto.

É humano e essencial,
crucial,
animal.

Um beijo na cara,
Um aperto de mão,
Um abraço apertado e sereno,
Dois corpos no chão.

Uma lágrima que corre,
Um amigo logo socorre.

Uma dor,
Um grito.

Chamas-me,
Logo apareço.

Sou teu amigo,
Por isso digo,
Tenho-te.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

AQUELE AMOR, DELE PARA ELA:

<3

Olhas-me,
Olho-te.
Sorris-me,
Sorrio-te.

Chamas-me nomes bonitos,
Chamo-te nomes mais bonitos ainda.

Abraças-me,
Abraço-te melhor ainda.

Metes o pé na argola,
EU pergunto porquê.

Trais-me,
Eu choro.

Amor chato,
Amor infiel,
Amor demasiado verdadeiro,
Demasiado cruel.

Cru.

Petrificado.

Amo-te

Mais tarde também,
Ainda,
Continua,
Sempre.

Um beijo, até logo á noite.

Até á próxima esquina,
até á próxima traição.

És narcisista. Adeus.

Amor teu,
Que me deixou de parte
E ao inicio me derreteu, venceu e convenceu...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O AMOR DELES É FÁCIL: parte III:


"tempo: futuro"

Vão estar bem até que algo amargo e mau lhes aconteça ou simplesmente aconteça...
Numa noite irão a um salão de jogos, um salão com classe "glamour" e charme, não vai ser um salão qualquer.
Ela vai pedir um Jack Daniels duplo para descontrair o discernimento e para soltar a boca fechada, e ele vai mandar vir um Brandy para adocicar os lábios tão amargos dos beijos fortes.
Ir-se hão sentar numa mesa alta de pés dourados cada um no seu banco negro e vulgar, vão rir, falar, divertir-se, abraçar-se, amar-se um ao outro.
Na sala haverá um palco com bailarinas cobertas ou descobertas em plumas de pavão verdes azuladas e brilhantes.
Cantarão e abanarão os ombros ao ritmo da música de cabaret de uma época especial.
Amar-se hão naquele momento deles, de mais ninguém, de cada um, de ambos, dos dois.
O brandi estará demasiado doce, perdidamente envenenado. O barman daquele bonito lugar será um ser invejoso e mal amado, também quererá ser desejado e apaixonado, não será querido por ninguém com a sua aura maliciosa e demasiado negra. Sozinho para sempre viverá, provavelmente a praticar o seu mal que lhe correrá nas veias até mais logo, até acabar, até deixar de respirar, até morrer.
Será triste, imensamente sanguerento.
Depois de beber o demasiado doce Brandi cairá da cadeira negra vulgar e aterrará no chão já com o seu raro coração parado e envenenadamente endiabrado.
Ela verá tudo, a cena negra a decorrer, cada tempo, cada segundo, cada pulsação a menos, cada respiração a desaparecer.
Ele morrerá em guerra, minado, com muito a declarar, mas sem nada poder fazer.
Ela não quererá mais viver, assim não. Sairá do salão já negro e entrará num carro branco e comprido, irá fazer o motor arrancar e acelerar até de um penhasco alto e vertiginoso se atirar, acabará lá em baixo, afogada no mar azul e bravo.

O amor deles acabará, não haverá mais nenhum beijo, mais nenhum gesto. Terminou. Frio. Podre. Amargo. Adoecido. Invejado...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O AMOR DELES É FÁCIL: parte II:



"tempo: passado"

Ela acordou no dia seguinte, enquanto ele, do outro lado da cidade já estava a vestir a sua farda habitual para por os seus grandes e gretados pés ao caminho do trabalho.
Ela tinha um monte de ideias na cabeça que surgiram e se reproduziram durante o sono, estava confusa e estupida, não sabia o que fazer, era sempre assim, indecisa.
Amava-o, admitia-o, não o queria mais, mas queria o seu amor de outra forma, menos farta como sempre.
O pobre coitado, agoniado e sofrido por antecipação esfregava os dedos secos nos botões brancos do teclado do seu computador no escritório, termiam de nervosismo e ansiedade, não a queria perder, queria dar mais de si, sentir, beijar, gritar, não queria cair. Queria adormecer nos braços dela, sempre, ainda, já, agora, e depois.
Sem saber o que fazer a bonita combinou um encontro onde comeram biscoitos em forma de coração e beberam chá verde e de cidreira.
Discutiram amigávelmente, sempre com o amor atrás da orelha, sorriram, choraram, pensaram...
Estavam chatos e mais uma vez fartos. Queriam ambos mais, queriam muito mais um do outro. Juraram dar tudo sem recear, amar sem forçar.
Ela não queria mais uma relação pacifica na qual não se passava nada, sem tremor, sem loucura Precisava de amor cru, verdadeiro e castiço.
Ele queria mais amor, mais afecto, caricias, doce e paixão.
Organizaram-se. Iam amar-se muito até mais logo.
Por cima da mesa de chá beijaram-se apaixonadamente, fazendo um pacto de fim de paz. Passou a ser um amor verdadeiro, com querra sentimental e nervosismo dividido. Amor de ferro mais dificil do que o velho. Amor puro.

O amor deles ERA fácil, como água que se bebe e prova. Claro, limpo, demasiado farto...

Agora é simples e perfeitamente deles, entusiasmante. Novo, renascido mas ainda assim algo antigo.

O AMOR DELES É FÁCIL: parte I:



"tempo: presente"

Dentro dos lençóis encarnados avermelhados ela tenta adormecer sem pensar, sem reflectir, sem prever, sem querer ver.
Não consegue... Pensa no amanhã e no depois desse dia, na hora seguinte e no passo que vem depois, no gesto que mais tarde se forma e na palavra que logo há de ouvir ou dizer. Não sabe, e no fundo sabe bem que não o sabe. É ingénua e bonita...
Sabe que ele a quer sempre, e sabe que o amor que tem com ele é fácil, e bom.
Mas não dá luta, é fraco. Amor demasiado mole, amor demasiado amoroso, sem pimenta ou sal.
Sente e quase sabe que precisa de algo mais do que uma relação fácil e suave.
Quer luta, conquistas e lágrimas. Compaixão, sorrisos e vitórias.
Ela não quer pensar no que fazer, não o quer mandar embora, mas também não o quer assim. Ama-o mas acha-o demasiado bom. Não se quer magoar...

O amor deles é fácil, como água que se bebe e prova. Claro, limpo, demasiado farto...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

. . .

Linha da frente.

A paz é uma guerra.
Devimos todos evitar a guerra, comprar a paz e hipotecar o insustentável.

Querem?

Vamos?

Então?

Desisto, vou dormir...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

NA NEVE:

Sei que aqui é frio e agreste, mas também sei que aqui muitas das melhores coisas se casam.

O ar puro e fresco junta-se á mais pura das águas dos glaciares, o mais verde cheiro dos pinheiros alia-se ás mais castiças montanhas, as melhores pistas namoram com os melhores hotéis, e o verdadeiro descanso tem um "affair" com o feliz cansaço.

Cá estou, no frio, a pensar no que não é bom.

Pouca coisa é má.
Tudo me apetece, nada desaparece.
A aurora sobe, a neve derrete-se.
O sol põe-se, o frio toca á porta.
O aquecedor liga-se, a sauna aquece.
Na cama feita, o corpo padece.

O divórcio nada esqueçe.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

(mais um) PEQUENO TRIBUTO:

Agora que eles cá ñão estão, o que mais interessa é o que te vai no coração!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ESTOU AQUI ESTAGNADO, Á ESPERA QUE ELA CHEGUE:

Neste sofá macio,
espero que ela venha,
chegue,
aproxime,
Estou por um fio,
pendurado á deriva.

Não tenho paciência,
essa chata ciência,
que em mim não mora,
não está,
não fica,
mal vem.

Estou sem ideia,
sem razão,
numa confusão sem emoção.

Não tem piada,
não solto uma gargalhada.

Já estás a porta?
Ou ainda demoras?

Estás longe?
Onde moras?

Apressa-te a aparecer.

Estou quase a deixar de te apetecer.

Estás aí?
Ouviste-me?

Estás aí, inspiração?

abraça-me o coração, depressa...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

AMIZADE POR COINCIDÊNCIA, NÃO É:

Lamento o que te disse, não temos uma amizade por coincidência.
Escrevi e pensei de cabeça quente, estava e ainda estou irritado e quase fora de mim.
Quando as coisas não me correm bem eu descarrilo e não me aguento firme, sou demasiado exigente mas gosto de mim assim.
Fui bruto e precipitado. Acho que temos uma amizade sobrevivente, pouco nos vemos mas ela cá anda, cá está e cá se aguenta e sobrevive...

beijinhos, desculpa, fui uma pedra.

COM RAIVA E DESPREZO:

É injusto, frio e desconfortável.
Passam por cima de mim sem sequer avisar, fazem pouco de mim sem sequer pedir, só lhes falta cuspir.
Não me dão ouvidos e não queres saber da opinião de alguém mais novo, vão sozinhos que eu fico por cá, na minha terra abençoada.
Não vou fazer montra, não vou encarar a coisa de sorriso na boca e nos lábios, não quero sem infiel a mim mesmo, não consigo ser cínico a esse ponto.
Se não precisam de mim e vão de consciência tranquila, então força, descolem desta terra a todo o vapor. Eu não corro atrás de ninguém, recuso-me, não sou cão nem macaco.
Acabou, está dito e escrito.

Divirtam-se nessa viagem cor-de-rosa, parvos.

Cabeças duras, burros e egoístas.

NEWS:

Fiz este post só para dar a novidade de que a partir de agora todos os visitantes podem comentar o que escrevo e escolher se querem ficar anónimos ou não, é fácil e atraente. Não é necessário ter conta nem estar inscrito em qualquer tipo de site ou derivado. Por isso eles que venham porque são sempre bem recebidos. Podem começar a comentar com mais frequência e apreço caros leitores!

Agradeço a vossa atenção e interesse

Francisco H.M. - o proprietário e escritor do blogue

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A CARTA:


Fazia sol.

Ele enviou-lhe uma carta escrita á mão com uma caneta preta de tinta permanente que naquele papel branco sujo desenhou letras delicadas e ímpares.

Nela ia o seu perfume, o seu gesto, o seu beijo, o seu sabor, o seu calor e o seu sorriso e bom feitio crónicos.

Ela chegou a casa vestida de beringela e negro depois de um dia agitado de trabalho e, com as chaves brilhantes na mão esquerda, entrou no prédio, atravessou o pátio com chão de mármore branco e abriu a caixa de correio, lá havia apenas um envelope, uma carta, um recado. Não esperou mais, não conseguiu, a curiosidade foi mais pesada. Logo abriu o envelope com as mãos secas e frágeis vindas da rua fria, fez um corte com a esquina do papel e de lá caíram sete pingas de sangue sobre a pedra clara que debaixo dela estava. Com apreço separou o envelope do bilhete, inspirou fundo e desdobrou o fino papel. Ficou incrédula, lá não vinha nada, apenas palavras vazias e sem sentido, chorou...

Houve um erro, uma crise de ciumes exterior, houve troca de cartas e correspondência. Vitória, ex mulher do remetente, apanhara a carta e dela fez cinzas, na sua lareira de tijolo vermelho queimou todos os sentimentos que nela eram transportados, todos os beijos, todos os afectos, todos os pensamentos. O amor morreu ali, queimado na sua sala pequena e infiel, desfez-se em fumo e cinzas, passou de tudo a quase nada.

A única lembrança que ficara, sete pingas de sangue na entrada da sua morada.

Do outro lado da porta da rua, a chuva caia.


Francisco H.M.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

FACTO:

Tenho os pensamentos á cabeceira, e guardo os meus ricos segredos num pobre baú de madeira antiga e por muitos pisada...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Não sei:

A grande vida começa,
continua e, mais tarde,
acaba.
Acaba, termina,
e eu, não acredito no pós-vida.
Não quero, jamais consigo,
não fica bem comigo.
É cretino que nos levem daqui,
e é genuíno o que cá nos traz.´
Acredito que sim, que doa muito,
quando alguém desaparece
jamais volta a mim.
Há um aperto no frágil e dócil coração,
certamente.
Há uma ferida no estômago,
claramente.
A ausência torna-se dormente,
e só quem sofre é a realmente que sente.
Aparentemente a vida é assim,
é aqui e em mais parte alguma.
Nunca vi, não acredito.
Sei que não volta quem morre,
mas também sei que quem vive,
pode a qualquer tempo partir.
Para sempre deixar de existir.
Ausenta-se.
Abstem-se.
Até isto daqui de dentro acabar.
Cá, chora-se,
lá não sei.
Não quero saber.
Só não aguento perder.
Francisco H. M.

VOU APROFUNDAR O POST ANTERIOR, SÓ PARA TI, INÊS...

Voltando ao que escrevi de ante e pesada mão :

Deve ser mau e profundo sentir a falta de alguém ou de algo para sempre, nunca mais nos volta á mira do olhar.
É penoso não podermos tocar mais nele, não o podermos apertar e abraçar mais uma ultima e insólita vez.
Nunca mais olharmos para ele, nem sequer falar directamente com ele.
Falta-nos a pele, o pelo, os ossos, a vida. E a ele ainda lhe falta mais isto tudo, deve doer, provavelmente é o sofrimento maior de toda esta vida curta e histórica.
Há que guardar e preservar verdadeiramente as memórias, as memórias de como ele veio cá parar, as lembranças de como ele cá passou, e a árdua e difícil e ultima recordação de como ele se foi e de cá partiu, para bem bem longe...

Para recordares para sempre, aí dentro, nesse coração grande e orgulhoso onde cabe toda a gente e todo o pequeno animal. Adoro-te!
Isto é para ti e mais ninguém Inês, é bom porque nunca aprofundei nada mais para mais ninguém. Tu vales algo mais do que outros.

Os meus textos de hoje são todos teus, não vou escrever mais nada, não vou datilografar para mais ninguém neste dia triste mas especial e memorável. Tu e ele bem merecem puro respeito.

PARA A INÊS E O SEU PÊ:

Quer faça chuva, quer o sol não brilhe, quer as nuvens sorriam ou chorem custa sempre.
Seja cão, gato, sapo, lebre campónia, coelho ou rato.

Parte ou racha sempre o frágil e mole coração... Y

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ERA INVERNO:

Y

Ele estava sentado no seu canapé de fino veludo amarelo mostarda, encostado a uma espessa e dura parede caiada de branco camélia, numa das suas históricas mãos segurava o copo de balão com um vinho escuro e molhado do qual, pelo seu fino gargalo bebia em pequenos goles o líquido que lá descansava. Do outro lado da mesma parede ela bebia o seu chá verde tépido, arrefecido pela atmosfera de inverno frio que pela janela entrava.
Nunca se viram, nunca se falaram, eram vizinhos, vizinhos próximos mas distantes.
Num dia qualquer, em que o sol era frágil e as folhas das árvores percorriam o chão seco sopradas pelo vulgar vento de sul, encontraram-se á entrada do prédio alto e fino, houve uma troca de olhares inocentes, indecisos, ingénuos e incertos, que não lhes serviu de nada, nem sequer de consolo porque, passados 13 segundos a fita de filme rachou, partiu-se, e a história acabou, a bobine caiu ao chão e nenhum de nós ficou com uma real e credível noção...

Francisco H. M.

E AGORA?..

É uma grande e gorda chatice quando não se sabe o que se quer, eu nunca tive esse problema, até há uns meses atrás. Inscrevi-me e iniciei um curso qualquer, não vos interessa qual, poucos e curtos meses depois dei por mim a pensar se era mesmo aquilo que eu desejava como futuro, e a resposta da minha persistente consciência foi não, e hoje tenho de novo a pesada consciência de que estou em muito maus, velhos e manchados lençóis... Tenho de encontrar o meu futuro, nem que procure no meu longo e lento passado, não quero correr o fundo e incerto risco de ficar estagnado e viciado numa vida sedentária, monótona e sem qualquer sal refinado ou bruto. Vicio-me facilmente em estados de alma e em estados de espírito, é chato...

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