quarta-feira, 21 de julho de 2010

O que tem de ser NÃO tem muita força:

Acho graça quando alguém diz que o que tem de ser tem muita força, acho que não é bem assim, o que não tem de ser tem mais força, afinal, o fruto proibido é o mais apetecido não é? Decidam-se então.
Quando tenho de fazer alguma coisa raramente a faço, salvo se for importante para mim e do meu interesse, porque se não, essa coisa pode bem esquecer que eu existo e que eu lhe vou fazer o que quer que seja. Portanto, Coisa, podes arranjar um banco e esperar sentada, até que alguém mais solidário faça alguma coisa por ti, com isto só quero dizer que não vale a pena esperares ou chorares, e não grites. Desculpa lá qualquer coisinha, Coisa!
A minha preguiça e inércia são mais fortes do que eu, e só algo que eu queira pode varrer essas minhas qualidades para baixo do tapete, assim fazendo com que eu me levante e faça o que quer que seja. É assim mesmo.
Para mim o que não tem de ser tem muita força. Por exemplo, uma tatuagem, não tem nada de ser, mas eu quero muito fazê-la. Já ir tratar do cartão único tem de ser, e eu não vejo os meus pés mexerem-se para ir á loja do cidadão mais próxima, que fica tão longe, que canseira...

Queridos e assíduos, ou não, leitores, não façam o que é preciso, ás vezes sabe muito melhor fazer o que não é preciso, revitaliza, é bom contrariar o que deve ser feito, sabe tão bem, temos um certo sentimento de rebeldia e contrariedade e é tão bom, atrevam-se vá lá!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quer

Vou gostar sempre de ti!

Quer tenhas anemia ou proteínas a mais no sangue.
Quer tenhas unhas grandes ou não as tenhas apenas.
Quer me dês um estalo quer um beijo.
Quer sejas cega ou visionária.
Quer tenhas calos nos pés ou pés de princesa.
Quer tenhas peitos copa A ou copa C.
Quer gostes de comida italiana quer tailandesa.
Quer me chames quer me grites.
Quer me queiras quer não.
Quer sejas lésbica quer gostes de homens.
Quer te depiles a laser quer a faças com gilete.
Quer sejas pobre ou rica.
Quer chores quer rias.

Já te disse que vou gostar sempre de ti?

Y

domingo, 18 de julho de 2010

Ás vezes parece que a amizade e o amor não passam de um sentimento á superfície, algo que não nos entra na pele.

Parece que chocam e brincam ás escondidas entre os pelos que temos na pele, e nada fazem de si mesmos para que entrem em nós.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Não.

A perder o meu tempo,
A ver os dias e os amores a passar,
A passarem-me á frente e ao lado.

Uns cabelos ruivos outros negros,
Umas unhas vermelhas outras sem tinta.

E o seu falar,
mais terno,
mais doce,
tão e só seu.

Ela a perder o seu tempo a evitar,
A evitar o amor,
A paralela dor,
O eterno e transversal choro.

Longe um do outro,
Eu cá ela lá,
Separados pelo Não.

O Não que eu lhe disse,
Quando ela chegou ao altar,
E me abraçou.

Foi isto.

sábado, 10 de julho de 2010

O homem que come pombos. homem sem H grande, porque não o merece.


Hoje sentei-me numa esplanada e bebi um sumo de laranja, soube bem o momento, mas o sumo estava amargo que nem limão.
Estava sentado a desfrutar da vista que não tinha, mas ainda assim estava, na mesa ao lado estavam dois homens, nojentos, mas não os julguei de inicio, apenas lá estavam.
Não os julguei até começarem a falar de pombos, e mais, que comiam pombos. Sim um deles contou que tinha um terraço grande nas traseiras da sua casa e que apanhava pombos, segundo ele, uma vez apanhou cinquenta pombos com uma rede, deu-lhes trigo e apanhou-os a todos, muitos pombos. O amigo que lhe estava ali ao lado perguntou-lhe porque é que não lhes cortava as cabeças, ele tinha a certeza que era mais rápido e fácil. O outro disse que gostava de os depenar vivos, só depois os matava, disse ainda que a carne de pombo é óptima, aliás ele não disse óptima, desculpem o meu engano ele disse, e eu cito "gostosa caralho", sim ele disse isto.
Bem, a mim não me convenceu. Pombo? Depois de saber que são "ratos do ar"? A seguir a conhecer a panóplia de doenças que neles podem morar? Não obrigado, o senhor que fique com os pombos que quiser, que os coma todos, com o maior prazer.
Agora dou por mim a pensar... Ele come-os bem assadinhos com que acompanhamento? Estou curioso. Um arroz de tomate? Um arrozinho de cabidela? Umas patas de pombo fritas em óleo fula? Não sei mas gostava de saber.
Que gente estranha, tinham ambos camisas ao xadrez, óculos, bigode, e pelos no peito. Tinham isto tudo que eu disse ao mesmo tempo que comiam tremoços e bebiam cervejas, num café de bairro, um bairro decente, ainda com alguns pombos. Se eles se quiserem encarregar de os levar daqui, força!
Eu fiquei boquiaberto com a conversa daqueles dois, mas, ainda assim achei piada, ainda que tenha pena dos pombos, pombos com penas, eu tenho pena, ouçam lá.
A esta hora os dois senhores já devem andar á caça ao pombo na estátua do marquês ou nos Jerónimos, é bom que os apanhem todos, todinhos, eles estragam-nos os monumentos. Estragar lhes-hão o estômago?
(história verídica)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Saudade

A saudade .
A respiração da saudade é demasiado corrida, demasiado violenta e desgastante.
Quando temos saudade só queremos que a outra pessoa volte, que se chegue perto de nós, e nos olhe, de frente, não nos olhos, na alma.
A saudade é para mim o sentimento mais curto, mas nem por isso mais feliz, é o mais curto porque tudo consiste num adeus, ou mesmo num até logo. Passa tão depressa.
Esta é a saudade de rever.
Quando alguém se vai embora, para sempre, como as estrelas que rebentam, e nunca mais volta a saudade é diferente, é longa e para sempre triste. Falta de tocar, falar, olhar, gostar, sem termos quem o merece, é difícil. E depois quem nos cura desse mal? O santo ninguém que mora da rua debaixo? Não, claro que não é outro alguém. Temos de ser nós mesmos e nós próprios, são coisas diferentes.
Tem de partir de cada canto da nossa mente a vontade de não haver mais saudade, de desinfectar a ferida e, de a sarar, com o tempo. Só o tempo faz destes trabalhos, minunciosos como a construção do amor. Quem seria eu, e nós, sem o tempo? Um perdido nas horas. Uma alma penada atrás dos ponteiros de um relógio, como que é quem se atrasa na vida, árdua e perdidamente.
Enfim. Partem, retornam, por vezes. E quem espera, nem sempre alcança, sentado numa pedra chamada coração as saudades apertam, e só com o tempo, mais uma vez, começam a derreter e a desaparecer.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

:D BY PI :D





- Fotografo : Inês Silva

- Edição : Inês Silva
- Y : Y

terça-feira, 6 de julho de 2010

Farturas...

É como quem enche um balão, é como quem enche um balão e fica sem folgo.
O amor cansa. Podemos ficar sem folgo e fartos do seu pequeno fogo.
Depois há traição, monotonia e divórcios. E digo divórcios no plural porque nos dias que correm são mais que imensos, para não dizer que muitos.
Hoje em dia duas pessoas casam e no momento do beijo na igreja já estão a pensar em separação, nem que seja pelo mau hálito. Sem graça.
E os animais abandonados? Tantos, coitados não têm culpa.
Parece que a humanidade se está a fartar de tudo á velocidade da luz do sol. Se calhar deviam apostar na máxima "live fast die young" ao menos só se estragava uma casa e todos os que sofrem actualmente por tabela seriam mais felizes, digo e penso eu...
Eu estou farto de muita coisa, também me farto, todos nos fartamos e chateamos.
Estou farto de calor, dela, dele, do outro, da outra, enfim. Mas também gosto de outras coisa, não vou enumerar, não há paciência. Sabem porquê? Porque farta!

domingo, 4 de julho de 2010

. . .

Quando dizemos que esquecemos alguém nunca pode ser verdade . . . É verdade do coração, talvez possa ser verdade, mas só do coração. Porque quando o dizemos estamo-nos a lembrar de tudo . . . E ainda há marcas estranhas .

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