quinta-feira, 4 de março de 2010
O NEVOEIRO NÃO CAI:
Já sei que estás aí,
Já sei que és quem és,
Já sei que amas quem sou.
O ar puro da manhã
não dura muito tempo.
A neblina da noite
entra por baixo da porta
Por onde a poeira passa,
Por onde a alma é escassa,
Por onde pouco de mim esvoaça.
O som do vento
nunca é lento.
O sabor das horas
cheira a romã.
Romã que trinco,
Romã que olho,
Romã que Roubo.
De noite raios,
De madrugada trovões.
De manhã pingos,
Devagar tempestades.
Já sei que por onde a romã passa,
O nevoeiro não me abraça,
O nevoeiro não cai.
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Todas essas palavras têm um sentido por detrás delas. E é por isso que têm um toque de um verdadeiro artista.
ResponderEliminarIS <3
Não consigo deixar de ler. Está deliciosamente apaixonante...
ResponderEliminarIS
Gostei.
ResponderEliminarO nevoeiro é a imagem mais perfeita do homem moderno. Não sabe bem o que é e de onde veio.
Indeciso para onde vai.
Francisco, 'tás de parabéns! Tens aqui uns versos muito bons!
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