Quente, um calor demente que nao sarava nem de um dia para o outro, as horas passavam e os sois caminhavam.
Alem do mal que lhe fazia insistia em ficar ali sentada fixada nele sem ele se conseguir fixar em nada. Como uma luz sem sombra por onde creste um fim.
De mao por de baixo do queixo olhava as suas proprias palpebras, sem pestanejar nem ver. Ficava ali muito tempo, demasiado tempo. Tanto tempo que se tornava parva.
Na calçada marcava a sola com terra do canteiro da frente, fria e humida do inverno que estava.
Saia dali sem se mexer, como que se fosse embora em espirito apenas. Ali de perna cruzada com a marca do banco nas nadegas dormentes, coitada, o que sofria e fazia sofrer. Burra.
Saiu sem chegar a tempo, perdendo tudo menos a vida.
domingo, 17 de abril de 2011
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