quarta-feira, 30 de março de 2011

estavas louca.

Saltavas na cama parecias uma pulga em brasa, não paravas quieta. Quase que ias contra as paredes como uma mosca mole de verão, fáceis de esborrachar.
Não te lembras?
A mim lembravas-me uma tonta. Só te faltava cair ao chão.
De seguida caíste claro, com o lençol enrolado ás pernas e aos pés, com unhas vermelhas, de velha.
Caíste e riste-te, desalmadamente. Hiena burra.
Eu chorava a rir de te ver tão parva e bêbada.
Nunca te deviam ter dado três copos de vinho e um martini seguido de cervejas incontáveis. Despejaste tudo para dentro de ti. Parecias um tanque de lavar a roupa, mas estavas despida, completamente louca. A rebolar sobre ti mesma num acto de masoquismo.
Caí ao chão também, sóbrio. Não aguentava o estômago de tanto sorrir de gozo de ti!
Levanta-te gritava eu. Não ouvias nada. Cantavas musica pimba aos berros. Os vizinhos vieram á janela e estavas a vomitar por todo o lado. Uma porca.
Um dia explicas-me porque assim foi? Eu continuo a rir-me de ti e de nós. Que dois. Que trastes. Tu bêbada eu sóbrio, mas pior que tu.
Não aguentei! Tive de te arranjar um alguidar, cheirava mal.

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