terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Não sei:

A grande vida começa,
continua e, mais tarde,
acaba.
Acaba, termina,
e eu, não acredito no pós-vida.
Não quero, jamais consigo,
não fica bem comigo.
É cretino que nos levem daqui,
e é genuíno o que cá nos traz.´
Acredito que sim, que doa muito,
quando alguém desaparece
jamais volta a mim.
Há um aperto no frágil e dócil coração,
certamente.
Há uma ferida no estômago,
claramente.
A ausência torna-se dormente,
e só quem sofre é a realmente que sente.
Aparentemente a vida é assim,
é aqui e em mais parte alguma.
Nunca vi, não acredito.
Sei que não volta quem morre,
mas também sei que quem vive,
pode a qualquer tempo partir.
Para sempre deixar de existir.
Ausenta-se.
Abstem-se.
Até isto daqui de dentro acabar.
Cá, chora-se,
lá não sei.
Não quero saber.
Só não aguento perder.
Francisco H. M.

5 comentários:

  1. Parece que sim. Só quem nunca passou por essas situações, não sente, não compreende. Apesar disso também dizem que o tempo tudo cura... Curará?
    kiss...

    ResponderEliminar
  2. não acredito que sim . não curará tudo com certeza

    ResponderEliminar
  3. "Há um aperto no frágil e dócil coração,
    certamente.
    Há uma ferida no estômago,
    claramente.
    A ausência torna-se dormente,
    e só quem sofre é quem realmente sente."

    Os versos são propositadamente feitos para rimar? Seja como for, é um excerto formidável! Parabéns!

    ResponderEliminar
  4. são claro . mas sai.me semi naturalmente . obrigado ;D

    ResponderEliminar

mensagens anteriores

direitos de autor reservados - em caso de abuso têm direito a ser processados - é bom saber

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

novo contador de visitas - iniciado a 2 de Abril de 2010 - continuem a lêr-me que eu gosto

Seguidores